Esta sexta-feira está a revelar-se especial...
Um dia mais doce, mais luminoso quase alegre ! Tudo porque esta manhã, às voltas com os meus pensamentos, percebi finalmente que no meio da nossa/minha tempestade, envolta nos redemoinhos da tua doença, passei ao lado do pequeno inferno que a nossa Princesa atravessara !
Naquela tarde em que resolveu anunciar-nos que iria demitir-se e procurar novo trabalho, não pensei que uma tal decisão revelava, não só, a frustração que sentia por não ter atingido as metas a que aí se propunha mas, sobretudo, a coragem de não ceder e de se erguer para procurar melhor.
Noutra qualquer altura não teria tido o mesmo peso, mas na tempestade que atravessavamos não havia lugar para mais uma barca à deriva... a nossa já sobrava !
Naquele momento, na minha cabeça foi o medo que se instalou, o medo que falhasse e se arriscasse a viver uma situação precária. Medo que rapidamente se transformou em pânico e que exprimi de forma brutal, cruel e em modo de acusação...
Hoje, mais de um ano passado, após longa ruminação, resolvi pedir-lhe que me desse um pouco do seu tempo para lhe confessar o que me ia na alma... minutos depois batia-me à porta e finalmente, olhos nos olhos, desabafei a dôr que me consumia... mea culpa, mea culpa, minha máxima culpa !
A conversa não foi longa, mas foi intensa, calma e de um grande alívio... para virar a página e andar para a frente precisamos por vezes de nos despir e, quem sabe, alcançar assim o abrigo do perdão !
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