vendredi 17 février 2012

Sobre a Suiça, meu país de adopção!


Tudo o que ouço sobre o que se passa por essa Europa fora me inquieta e me assusta! Temo pelo futuro das minhas filhas e tenho alguma dificuldade em projecta-las num espaço/tempo de calma e abundância... e isto apesar de viver num país que ainda nos acorda com boas notícias, como a electricidade que baixou de preço ou o abono de família que desde Janeiro subiu de 250 para 400 francos mensais!
Não, não é o paraíso é até bastante imperfeito, tanto quanto a massa humana que o constitui , mas está bem mais perto de o ser que algum dia esteve o país onde nasci! E não me venham com o argumento de que o deve à sua Banca e ao segredo bancário, pois basta olhar para o exemplo da Inglaterra com a sua "city" de Londres, núcleo duro da finança mundial, para perceber que isso não pode explicar tudo, é que apesar de rica a Inglaterra está longe da ter a estabilidade alcançada pela Suiça a todos os níveis!
A primeira impressão e a que mais me marcou, pouco tempo depois de ter aqui chegado e de ter contactado com o seu povo, através do meu trabalho, foi a forma como conseguem ser discretos ao ponto de chegarem a parecer tímidos e algo inseguros! Nada arrogantes e racionais até à medula, são muitas vezes e talvez por isso mesmo qualificados de "frios"... um povo frio desprovido de emoções, como se o facto de terem alcançado quase sem "ruído" a abundância de que tantos se gabam, muitos sonham e poucos realmente conhecem fosse mais que um defeito fosse um pecado imperdoável! Sós, orgulhosamente ou não (pelo menos não fazem questão de o afirmar), mantiveram-se, economicamente, fora da Europa, assinaram com ela acordos que pudessem permitir uma convivência pacífica e salutar e hoje são a tábua de salvação para milhares de famílias vindas daí e não só... de todo o Mundo! E acreditem que não exagero.
Por isso meus senhores um pouco mais de respeito, não só se agradece como me parece merecido, tanto por este país como pelos emigrantes que nele procuram o que na sua terra lhes foi negado... a dignidade do trabalho reconhecido e correctamente pago!
P.S.: Cliquem no título para aceder a um texto ilustrado por um vídeo que vale a pena visionar

28 commentaires:

  1. Gosto e fico feliz por estares e te sentires bem...
    Mas olha que isto tudo está preso por arames!!
    Beijinhos.

    (Pedia o favor de desactivares o verificador de palavras, pois comentar assim torna-se um tormento. Obrigado!)

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  2. mfc,
    Tb tenho essa impressão, além de que tenho consciência que a Suiça acabará ela tb por, de alguma forma, ser atingida! Quanto ao verificador de palavras nem sequer o sabia instalado, mas vou ver se consigo desactivá-lo!

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  3. O mundo moderno está preso por arames, a civilização está presa por arames, Portugal é apenas um efeito colateral, tal como a Suíça o será daqui a uns tempos. Beijoca!

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  4. Rafeiro Perfumado,
    Dito assim parece simples mas não o é, e o pior é que estou convencida que se chegar até aqui - à Suiça - será sinal que nos países à volta o CAOS se terá instalado!!

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  5. Esta crise tem um efeito dominó... o ultimo também cai quando o primeito cair...

    Beijinho

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  6. Felina,
    Acredito que sim até porque estando na Europa, e não me refiro somente à situação geográfica, a Suiça tem obrigatoriamente que sentir... mas não terá nunca a mesma amplitude, basta uma análise retrospectiva da História da Europa até à crise que precedeu a segunda Guerra Mundial para perceber isso! Eu comparo esta crise a uma doença epidémica que ao alastrar vai adoecer muitos mas nem todos com a mesma intensidade, uns porque vacinados outros porque bem alimentados e com um sistema imunitário resistente! Logo, haverá muitos feridos e até mortos mas tb haverá aqueles que apenas irão à cama por uns dias com um pouco de febre e que rapidamente estarão de novo de pé! A crise como qualquer doença afectará sempre e sobretudo os mais indefesos e frágeis!

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  7. Tudo é diferente nesse país.
    Principalmente as pessoas...
    Uma das grandes diferenças é o civismo, onde se inclui a quase total ausência de economia paralela, que não paga impostos, coisa que é uma chaga nos países da Europa do Sul, Portugal incluído.
    Laura, querida amiga, tem um bom resto de semana.
    Beijo.

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  8. Nilson Barcelli,
    Não podia estar mais de acordo! Na Grécia, por exemplo, o peso da economia paralela (não sei se ainda é) mas até há bem pouco tempo era assustador! Toda a gente fugia a declarar o que quer que fosse! Mesmos os comerciantes instalados e declarados vendiam praticamente tudo sem passar factura!! Esperavam o quê?!! Gostaria de saber se entretanto ganharam consciência do quanto isso lhes foi e ainda é prejudicial!!! Afinal os bons hábitos aprendem-se!!

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    . um texto assertivo . cuja leitura é deveras recomendável .

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    . um bom.domingo .

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    . um beijo meu .

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  10. A última vez que estive na Grécia foi há cerca de 4 anos. E é fácil de ver que a sociedade em geral é pior que a nossa em Portugal. Não é por acaso que foram parar à situação actual, muito embora a alta finança tenha ajudado...
    Laura, querida amiga, tem um bom domingo e uma boa semana.
    Beijo.

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  11. intemporal,
    Obrigada pelo apoio, volta sempre mesmo que não estejas de acordo a tua passagem será sempre apreciada! inté ;)

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  12. Nilson Barcelli,
    Eu irei lá este ano, mais precisamente à ilha de Creta, mas sei pelo minha filhota mais velha que já lá foi várias vezes que a Economia paralela na Grécia tinha (se ainda não tem) um peso enorme!!! E como tu dizes a alta finança deu o golpe final mas eles tb não contribuiram nada mal para o actual estado do país!! Esperemos que tenham aprendido alguma coisa e que corrijam senão todos muitos dos erros cometidos, como o de fugir descaradamente aos impostos!! Passa sempre! ;)

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  13. Laura, talvez se aqui as pessoas soubessem, e não visses as asneiras que têm sido feitas com o dinheiro dos nossos impostos, quisessem mesmo pagar, e não ouvissem a pergunta:
    "Quer com imposto ou sem imposto...?"
    Por vezes se podem fugir claro que fogem e eu tenho exemplos que não vou aqui relatar, de pessoas que para serem honestas estão como se diz, "com a corda á volta do pescoço...!"
    É uma situação difícil quando os descontos são nos vencimentos são grandes, quando os reformados têm cortes nas reformas, que ao contrário do que, quem está de fora, tem uma ideia diferente. A vealidade não é a mesma de que muita gente fala mas sim outra, muito diferente daquela de quem a desconhece fala.
    Tudo de bem para ti Laura. Vamos ver se chegamos a um futuro mais ou menos digno, para os nossos filhos.
    Braço e tudo de bem para ti.

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  14. Maria,
    Antes de mais nada sê Bem Vinda aos meus Jardins. Se bem percebi o teu comentário, que devo confessar em alguns "momentos" me pareceu um pouco confuso, vens de encontro ao que penso... é que o problema do nosso País (do qual não estou tão distante quanto pensas) é o mesmo de sempre!! É que são sempre os mesmos a pagar, os que trabalham por conta de outros ou seja os assalariados pagam e pela medida grande, enquanto que os que ganham fortunas escudados atrás de profissões liberais ou simplesmente Empresários declaram o que querem e até chegam ao cúmulo de declarar rendimentos mínimos quando os sinais exteriores de riqueza são de bradar aos céus! Os ricos nesse nosso país fogem com enorme descaramento aos impostos e toda a gente o sabe! Aqui minha rica todos pagam, e digo todos mesmo! Como os Suiços não são hipócritas nem estúpidos permitem às grandes fortunas a possibilidade de negociar o montante anual de impostos a pagar à comuna onde fixarem residência! Claro que tudo vai na forma como se educam os povos!! Em Portugal a quantidade de chicos espertos por m2 é de certeza superior à Suiça... é que aqui não precisas de enganar para conseguires os teus objectivos! Logo o espírito é mais humilde... dou-te um exemplo: compara as personalidades desportivas dos dois países: tens desse lado um Ronaldo, e deste lado um Roger Federer! Entre os dois a grande diferença está na humildade que um tem de sobra e que outro esqueceu nas ruelas da sua infância!! Outro exemplo: se algum dia vieres a Genebra vais aterrar num aeroporto de dimensões digamos normais, bem equipado claro mas sem mais, chegas ao Porto e meu Deus um espanto! Entre os dois a diferença é que a Suiça tem capacidade para se quisesse ter igual ou até melhor sem abalar as sua finanças mas se calhar não lhe parece prioritário e contudo o seu povo é dos que mais viajam por esse mundo fora... em contrapartida tem escolas equipadas de fazer cair os queixos, hospitais idem idem aspas aspas, estradas o mesmo! Enfim, ao contrário de "nós" os Suiços não sentem qualquer necessidade de exibir o que até têm FARTURA... já por aí não se faz outra coisa e de tal forma se incute isso que o comportamento do povo vai tb nessa direcção! Não é por acaso que o primeiro objectivo da maioria dos emigrantes que aqui chegam é o de comprar o grande carro para exibir na terrinha quando regressam de férias... e aqui até podem viver a 6 num apartamento para 3!! Casa maior?! Não que a renda fica mais cara e há que poupar para pagar a ganda máquina!!! É que o exemplo que têm é mau e vem de cima!!

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  15. Laura, aqui já vivem mais de 6 em dois assoalhados.
    Carro não sei a despesa que dá porque nunca foi prioritário para mim. Hoje tenho os transportes que todos os dias utilizo e que são muito bons, combóio e metro.
    Não gosto de andar de avião porque gosto de ver a paisagem.
    Ahahah... não penses que estou a brincar estou a falar muito a sério.

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  16. Maria,
    Gosto do teu sentido de humor! Mas eu cá, vivo num modesto apartamento, tenho um carro tb ele modesto, nem de grande cilindrada nem sequer em primeira mão, anda e leva-me onde preciso e olha que bem preciso dele na profissão que aqui exerço. Quanto a viajar ADORO! E só estou à espera que a mais nova seja completamente independente, como as outras duas, para poder viajar tanto quanto puder e de preferência de avião, sim que para grandes distâncias até se tornou mais barato que o carro além de que é muito menos cansativo (em duas horas vou de Genebra ao Porto)! E fica descansada que acredito plenamente em ti! Vai aparecendo que serás sempre Bem Vinda! ;)

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  17. Fiquei (ainda com mais) vontade de conhecer, depois de uma tão sentido, e belo, testemunho... Oxalá todos os portugueses se pudessem gabar assim, do seu próprio país... Isso irá acontecer, claro... Quando o céu desabar sobre as nossas cabeças. =)

    Um beijo

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  18. Demogorgon,
    "Quando o céu desabar sobre as nossas cabeças" essa fez-me rir... esperemos que não seja preciso tanto! E oxalá possas um dia visitar a Suiça, é que além de tudo é LINDÍSSIMA e vale realmente a pena conhecer! ;)

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  19. Olá ... Laura.

    Sabes que passaei a 'lua-de-mel' na Suiça, numa terrinha de nome MEYRIN

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  20. JOTA ENE,
    Refereste a Meyrin nos arredores de Genebra?! E então gostaste?! É que além de ser linda a Suiça, ao contrário de muitos países da Europa onde se sobrevive e mal, é um país onde se vive com direito a sonhar e até a realizar alguns desses sonhos! Só por isso adoro este país! ;-)

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  21. País bom é aquele que nós permite alimentar-se com dignidade,se não for pedir muito,com alegria também.Beijo grande de leitor e fã.:-BYJOTAN.

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  22. Byjotan,
    Como dizia alguém que eu "adorei": "A minha Pátria é a terra onde for feliz!". Volte sempre!

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  23. a nossa terra é aquela que nos acolheu e nos faz feliz. não tem forçosamente de ser a de nascimento.

    gostei deste poste e deixo um grande

    beijo

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  24. Piedade Araújo Sol,
    Não podia estar mais de acordo! Obrigada pela visita, volta sempre¨! ;-)

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  25. Como é que passado tanto tempo ainda não publicaste mais nada?
    Falta de tempo?
    Espero que esteja tudo bem contigo, querida amiga Laura.
    Beijo.

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  26. Nilson Barcelli,
    Boa pergunta! A verdade é que na Sexta-feira passada escrevi um pequeno texto mas como trabalhei durante o fim de semana acabei por não ter tempo para afinar os últimos detalhes e publicar! E é tb verdade que nestes últimos tempos os interesses multiplicam-se e já o tempo disponível esse vai-se dividindo como se pode! :-( Desolée

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  27. Piedade Araúho Sol,

    Bigada, outro p'a ti com muita ternura! Volta sempre.

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