Dei-me conta desde há muito que alguns de entre nós, a par da publicação dos seus artigos sugerem também a leitura de alguns livros aos frequentadores dos seus blogues! Achei a ideia interessante mas por outro lado limitar-me a sugerir dois ou três títulos e respectivos autores pareceu-me desde logo claramente insuficiente e sobretudo pouco ousado! Com os acontecimentos destes últimos dias por esses países do Norte de África e com o fórum internacional de Davos, mesmo aqui ao lado, dei-me também conta que o livro que ando a ler, cujo título e autor são tema deste Post, se revelou de extrema actualidade!!
Por tudo isto, decidi partilhar a sua leitura de uma forma detalhada através da análise de alguns trechos. Espero que o apreciem tanto quanto eu e sobretudo que o comentem abertamente.
Para começar apresento-vos o seu autor Amin Maalouf, nascido no Líbano em 1949, vive em Paris desde 1976. Repórter durante 12 anos, realizou missões em mais de 60 países. Antigo chefe de redacção do "Jeune Afrique", onde tb foi editorialista. É autor de várias obras, entre elas a premiada: "As Cruzadas vistas pelos Árabes" (Prix des Maisons de la Presse), para além de outras. Actualmente consagra a maior parte do seu tempo à pesquisa para os seus livros.
A certa altura deste livro, às páginas 180 ele diz o seguinte:
""Valores" é uma palavra aviltada e versátil. Navega com facilidade entre o pecuniário e o espiritual e, no domínio das crenças, pode ser sinónimo de avanço ou de conformismo, de libertação moral ou de submissão. Devo também explicitar o sentido em que a utilizo e as convicções que ligo a ela. Não para reunir quem que seja ao meu estandarte - não possuo nenhum, mantenho-me a boa distância dos partidos, das facções, das capelas, nada é mais precioso aos meus olhos do que a independência de espírito, mas parece-me honesto, desde o momento em que se expõe a visão das coisas, dizer sem rodeios aquilo em que se acredita e a que se gostaria de chegar.
Do meu ponto de vista, sair "por cima" do desregramento que afecta o mundo exige a adopção de uma escala de valores baseada no primado da cultura, direi mesmo baseado na salvação pela cultura.
Atribui-se geralmente a André malraux uma frase, que provavelmente ele nunca pronunciou, segundo a qual o século XXI "será religioso ou não existirá". Suponho que as últimas palavras, "Ou não existirá", significam que não poderemos orientar-nos no labirinto da vida moderna sem uma bússola espiritual.
Este século ainda é jovem, mas já se sabe que os homens poderão perder-se com a religião, como poderão perder-se sem ela.
Que se pode perder com a ausência do religioso, a sociedada soviética demonstrou-o amplamente. mas tabém se pode sofrer com a sua presença abusiva - já o sabíamos desde o tempo de Cícero, de Averróis, de Espinosa, de Voltaire-, e se o havíamos esquecido durante dois séculos, por causa dos excessos da Revolução Francesa, da Revolução Russa, do nazismo e de algumas outras tiranias laicas, muitos acontecimentos vieram recordar-nos disso desde então. Para nos levar espero, a uma apreciação mais justa do lugar que a religião deveria ocupar nas nossas vidas.
Estaria tentado a dizer a mesma coisa do "bezerro de ouro". Vituperar contra a riqueza material, culpabilizar aqueles que se esforçam por aumentá-la, é uma atitude estéril que serviu constantemente de pretexto às piores demagogias. Mas fazer do dinheiro o critério de toda a respeitabilidade, a base de todo o poder, de toda a hierarquia, acaba por esfarrapar o tecido social."
De tudo o que até aqui li, e vou apenas a dois terços, foi o que senti mais vontade e urgência de partilhar!
1) Um mundo sem regras... seria um mundo na menopausa?!
RépondreSupprimer2) Vais em dois terços?! Um terço não chegava para a tua cristandade?!
São Rosas,
RépondreSupprimer1) Quase... e se não o cuidamos ainda acaba senil!
2) Para ficar completo só três... e não, num é desses que falo, esses perdi-os faz um tempão!
Tás a ber, tás a ber o que me fazes dizer!
Anda aqui uma mulher a esforçar-se por lebar a coisa a sério e pimba... dá de repente com uma moçoila jeitosa de cobra na mão e sabe-se lá que mais no colo a dizer: "São Rosas senhor(es/as") e pronto tá o caldo intornado!
Aqui entre nós que ninguém nos oube: ai de ti que num boltes! ;)
Volto, pois. Volta e meia volto ;O)
RépondreSupprimerSão Rosas,
RépondreSupprimerQue bom, nem imaginas o bem que me sabe... ;)
Imagino... pelo que me sabe bem tu visitares-me no blog porcalhoto ;O)
RépondreSupprimerSão Rosas,
RépondreSupprimerObrigada filhota és uma fofinha!;)
Sou mais para o escanzelado :O)
RépondreSupprimerSão Rosas,
RépondreSupprimerEstou aver, mas vê lá não exageres!
Estás a espreitar por onde?
RépondreSupprimerSão Rosas,
RépondreSupprimerPelo buraquinho da fechadura...