Tenha a idade que tiver um filho, no coração da mãe será sempre uma criança !
Deitada no sofá ao seu lado, encolhida em posição quase fetal, esguia e até um pouco pálida, de olhos semi-fechados, Lilu dormia... de um sono trémulo e frágil quanto ela.
Por momentos acariciou-lhe os cabelos e num gesto que nem sabe explicar, prolongou o movimento da sua mão direita, a alguns centímetros de altura, ao longo do seu corpo, como quem tenta varrer todas as más vibrações que sorrateiramente se tenham infiltrado nesse seu ser tão acolhedor e meigo.
Ao mesmo tempo ia mumurando : 'Que Deus, o Universo, a Natureza e tudo o que de bom rodeia o ser-humano te protejam, filha do meu coração... e de um momento de entrega ao Amor. Bem Hajas, sonho meu.'
Comunga do seu sofrimento e pede aos céus que a ajudem a ajudá-la, que a devolvam sã e salva, de toda a angústia e ansiedade em que mergulhou, ao perderem a parede-mestra do seu lar, o chão sagrado do seu templo... de alegrias e estrelas agora tão longínquas !
Nada está perdido, talvez suspenso, ou apenas adiado, à espera que uma vez de novo juntas, em harmonia, possam erguer-se, para continuarem, cada uma a sua estrada, certas de que Ele estará sempre por perto, apontando o caminho... sorrindo !
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