mercredi 21 août 2024

Agarrada à Vida...




Quando a Vida nos arrepia caminho e nos transporta para as margens dum precipício súbito e imprevisto, tudo pára... menos o tempo que nos deixa atordoados,  sem saber o que fazer e menos ainda o que pensar.
Primeiro é o medo e a vertigem que nos invadem, não queremos nem podemos acreditar! Depois é uma revolta profunda, imensa que nos corta a respiração e até a capacidade de sonhar... não há explicação, nada parece ter lógica. Porquê nós? Porquê agora? Que mal fizemos para um tal desenlace?
Procuramos respostas e mais perguntas encontramos, nada parece acalmar a nossa angústia, a nossa ansiedade por uma nesga de futuro que a Vida tão brutalmente nos parece negar.
O dia-a-dia, feito de gestos repetidamente incontornáveis, torna-se a oração perdida duma alma sem voz, nem força. E contudo o Universo é testemunha do quanto a nossa vontade está irremediavelmente atada e presa a um destino que ninguém viu chegar.
Maldita a hora desse dia de Fevereiro, que me tirou o sossego, a alegria de viver e me rasgou a alma!









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