A Vida é feita de momentos... bons, maus e entre ambos.
Juntos são como peças de um puzzle que revelam sem pudor os caminhos da nossa existência. Uns, os maus, levamos toda uma vida a tentar esquecer num esforço quase sempre inglório, pois as marcas que deixam são mais palpáveis que a própria dor de os ter vivido.
Os bons, esses, eu vivo receando esquecê-los!
Ontem disfrutei dum desses momentos, tão doce e belo quanto simples. Duas das minhas três princesas, com quem temos partilhado de mais perto os últimos 18 anos, vieram dar luz e calor ao final de um dia até aí frio, cinzento e tristonho.
A beleza da situação começa por nada ter sido previsto ou programado. Um mal entendido da minha orelha direita, cada dia mais surda, acabou por transformar um almoço a dois num jantar a cinco!
Mas é o antes e o depois que mais realçaram o brilho desse momento, que tão bem me soube!
Numa azáfama barulhenta e quase infantil as minhas princesas empenharam-se em espalhar, pequenos objectos de luz e côr, pelos espaços de maior convívio dando-lhes mais vida e calor. Em seguida e logo após um jantar dos mais normais, sem menu especial ou decoração a rigor, envolvemo-nos num combate, que facilmente ganharia quem mais dominasse a palavra ou melhor a mimasse. E foi aí que eu, não sem a indispensável ajuda da minha orelha direita e até talvez de um desejo profundo de retorno à infância, me deixei levar numa onda insuspeita de boas e belas gargalhadas.
Ah que bem que nos faz a beleza genuína de um momento feliz!
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