Menina e moça ainda,
ela quis-se mulher...
e ao cair de todas
as noites saboreou frutos proibidos, galgou estradas, atravessou fronteiras e
navegou à deriva, nesse mar de promessas que a Vida teima em quebrar!
Foi caravela,
gaivota e estrela do mar nas ondas revoltas daquele olhar...
tão doce, tão verde
e profundo que nele mergulhou as raízes do seu pequeno mundo!!
No seu rosto traços
suaves de um tempo impiedoso que não quis parar...
No seu corpo o peso
de todas as desilusões...
Mas na alma, nela, sempre
a mesma vontade firme e inteira de navegar!!
Dizem que é filha
de marinheiros...
...de um jardim à
beira mar plantado, onde jovens flores desertam seus canteiros,
cansadas de tanto esperar...
Primaveras de luz em manhãs de nevoeiro!
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