mardi 29 juillet 2025

Um final... um pouco menos infeliz!



À procura de si mesma, por entre palavras encontradas ao acaso, nesse mundo sem sentido que se tornou o seu! Queria conseguir simplesmente viver sem sequer se perguntar para onde ir ? Sente uma sede enorme de pertença e de presença e contudo a solidão não a larga, antes lhe cola à pele que nem repelente de insectos...

E fogem dela como da peste, é demasiado drama, dizem, e assim decidiram que o melhor é manterem-se à distância. Pois incarna a lepra de outros tempos... deformada que ficou pela dôr duma existência arrancada, sem dó nem piedade, à Vida... à  Vida de todos!

Por instantes, ainda que breves, sente por vezes a loucura a rondar por perto e pergunta se acabará a conversar com a sua própria sombra ?

Bastava que volta e meia lhe batessem à porta, entrassem, partilhassem uma taça de chá ou café, algumas palavras sem fio ou princípio e tudo seria mais fácil. Poderia fazer de conta que nada de essencial mudara, que os laços se mantinham e que o Amor, esse, viveria eternamente nos nós que nem a Morte se atrevera a desenlaçar !


Aucun commentaire:

Enregistrer un commentaire